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O Comboio em Portugal
Espaço b>in, Campus de Azurém, entre segunda-feira, 26-03-2007 e sexta-feira, 13-04-2007
Os Serviços de Documentação prestam um tributo ao Comboio em Portugal através de uma exposição fotográfica da autoria de Dario Silva, composta por uma série de 22 fotografias, bibliografia e algumas miniaturas de comboios.
O Comboio em Portugal
 
Está patente no espaço B-In, no campus de Azurém em Guimarães, de 26 de Março a 13 de Abril, uma exposição fotográfica da autoria de Dario Silva. A exposição é composta por uma série de 22 fotografias a cores, algumas miniaturas de comboios e bibliografia.

O prefácio da exposição é assinado por Casimiro Silva e Samuel Silva, autores do livro "Memórias do Comboio de Guimarães", também disponível na exposição.


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Dario Silva
Nota biográfica

O fotógrafo Dario Silva nasceu em Vila Nova de Famalicão [Linha do Minho] em 1976, tendo vivido em Couto de Cambeses [Ramal de Braga] até aos 26 anos.
Para a escola secundária, em Ruílhe, viajou de comboio durante oito anos.
Desde 1999, colaborou como fotógrafo com vários jornais e revistas, nomeadamente Região do Minho, Correio do Minho, Diário do Minho, Público, Jornal de Notícias, Correio da Manhã Magazine, Jornal de Barcelos, Sports Life, Tren Mania, Transportes em Revista, Latin Rieles e Expresso.
Até à data, é autor de vários trabalhos fotográficos sobre temas ferroviários dos quais se destacam Catálogos sobre a renovação do Ramal de Braga [REFER, 2004], Linha do Sul [REFER, 2004], renovação da Linha de Évora [2006].
O seu primeiro livro chama-se ?Ramal de Braga? e foi publicado em Fevereiro de 2006 pela fundação Bracara Augusta. Ainda em 2006, foi co-autor fotográfico no livro ?Vias de Ferro ? a infra-estrutura ferroviária portuguesa? [REFER] e participou também na fotobiografia do Caminho-de-ferro publicada pela CP ?Os Caminhos-de-Ferro Portugueses?.
Participou também no livro sobre Pontes Ferroviárias [a publicar pela Ordem dos Engenheiros].
Por convite da Ferbritas, desenvolveu, em 2006, um trabalho fotográfico sobre Catenária [a publicar brevemente].
Presentemente, para além de projectos a médio prazo, trabalha num novo livro sobre a Linha da Lousã.
Em 2001, criou o projecto cultural ?O Comboio em Portugal?, dedicado à Vida, Património e Memória do Caminho de Ferro português, onde conta com a colaboração de uma vasta equipa pluridisciplinar de profissionais ligados a essa actividade.


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Marco no desenvolvimento
Pref. Casimiro Silva e Samuel Silva


Se há um símbolo da Modernidade é o comboio. Máquina perfeita, simultaneamente mãe e filha da Revolução Industrial, a locomotiva puxou o Ocidente para um nível de desenvolvimento até então único e, para muitos, inimaginável. O comboio foi o mais importante agente da Revolução Industrial, transportando as gentes, os produtos, abrindo o Mundo e espalhando um novo impulso à sua passagem.

Nesse tempo, em Guimarães, aquilo que o jargão contemporâneo passou a designar por Sociedade Civil, uniu-se em torno de um objectivo comum: trazer a Modernidade à cidade. Esse era um desejo marcado e (ver-se-ia depois) marcante dos vimaranenses. E foi concretizado com a intervenção de instituições locais marcantes dos finais do século XIX e início do século XX: a Sociedade Martins Sarmento, a Associação Artística Vimaranense e a Associação Comercial de Guimarães, além da própria Câmara Municipal.

E não havia melhor maneira de transportar a Modernidade até à cidade-berço que não fosse trazê-la em carris.

Por isso é que o dia 14 de Abril de 1884 marca o nascimento da Guimarães Moderna. Nesse dia, o primeiro comboio chegou à estação do Cavalinho ? que na altura estava demasiado longe da cidade, motivo pelo qual, nos anos seguintes, foi rasgada a actual Avenida D. Afonso Henriques ? um monte muito distante da centralidade do Toural. A partir de então Guimarães passou a fazer parte do ?admirável mundo novo? que nascia na Europa. Ainda que o fizesse tarde, a cidade entrava na nova era.

Porque a Guimarães do século XIX queria crescer. Queira libertar-se dos muros da sua historicidade e passar a ser também uma cidade do Presente e do Futuro.

E conseguiu-o, por força das locomotivas que todos os dias percorriam a linha-férrea que liga a Trofa a Guimarães. Isto fez com que o século XIX se tornasse, após a Fundação, a época mais importante da vida vimaranense. Guimarães passou a ser um pólo industrial muito importante no plano regional e o transporte em caminho-de-ferro constituiu uma componente fundamental na expansão da sua indústria.

O comboio foi, na viragem do século XIX para o século XX, um motor de conhecimento. Com a maior facilidade com que agora se podia viajar, as novidades circulavam muito mais rapidamente. Esse facto marcou um avanço significativo para a cultura e a ciência europeias.

Hoje, o conhecimento tem o seu motor nas Universidades e, muito particularmente, na forma como estas se conjugam com os diferentes sectores da sociedade. Nesse aspecto, a cidade de Guimarães pode estar satisfeita. Acolhe um dos pólos da Universidade do Minho. E tem as suas empresas e a sua autarquia a trabalharem fortemente com a universidade.

Esta é uma realidade que não termina em Guimarães. Estende-se a Braga e ao outro pólo da Universidade do Minho. Juntos, os campi de Azurém e Gualtar fazem da UM umas das instituições de ensino mais prestigiadas do país. Juntas, Guimarães e Braga podem assumir-se como o terceiro grande pólo metropolitano nacional. E o comboio pode ? e deve! ? fazer parte desta dinâmica. Ligando os dois pólos da Universidade UM e, dessa forma, reforçando a comunicação entre as duas principais cidades minhotas.

O que nem sequer seria uma grande novidade. Aliás, logo em 1865, apenas um ano depois da primeira ligação em caminho-de-ferro em Portugal ser concluída, António Alves Carneiro, presidente da câmara de Guimarães, já tinha começado os seus esforços para a concretização da linha entre a cidade do Porto, Guimarães e Braga. E esse objectivo foi continuado e defendido intensamente durante 20 anos pelos presidentes do município vimaranense que se lhe seguiram: Barão do Pombeiro e Rodrigo de Meneses.

Outros projectos se seguiram, propondo uma ligação ferroviária entre as duas cidades. Com traçados diferentes e dinamizadores distintos, a verdade é que, desde os primórdios do caminho-de-ferro, as duas cidades quiseram estar unidas por comboio. Por um motivo ou por outro, as ligações sempre fracassaram. Mas ainda vamos a tempo de emendar a mão.

Ligar a Universidade do Minho por ferrovia, mais do que fazer todo o sentido, é uma forma de ganhar o futuro enaltecendo quem, no passado, soube projectar a ligação entre Guimarães e Braga. Tanto mais que, no caminho entre os dois pólos, se situarão dentro de muito pouco tempo duas instituições de Inovação & Desenvolvimento de excelência e nível internacional como são o Ave Park e o Instituto Ibérico de I&D.

Guimarães, 23 de Março de 2007

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