Entre o olhar [olhares vindos do Timor, de Moçambique, de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe] e o sorriso [sorrisos vindos da alma Africana] se posiciona, de forma inspirada, a fotografia de Luís Amaral. A arte fotográfica existindo entre o olhar atento do observador - o fotógrafo - e o olhar interessado do observado - toda uma gente fotografada. Aquele que vê e aqueles que são vistos - sempre, em atitudes interligadas. Tudo ao mesmo tempo. Imagem. Figuras de crianças e de adultos-velhos. Realidade. Ao adotar a ambição critico-criativa de ver-fotografar de perto (de muito perto) Luís Amaral faz dos personagens que registra o seu universo - um microcosmo na linguagem, que sabe contemplar tanto as belezas quanto as vicissitudes da experiência humana - em ambientes ou estados agudos. A sua lente - vidro tão transparente e nítido - compreende e revela a vida em sua dimensão formal, acentuando cores e texturas - das sutilezas das peles, das estampas dos tecidos, das manchas dos dentes, dos vestígios de cenário ou paisagem, do brilho... indisfarçável...das retinas. Prof. Dr. Marcos Rizolli - Curador A exposição, que esteve patente no espaço B-Lounge da Biblioteca da UMinho no campus de Azurém de 5 de fevereiro a 1 de março, poderá ser visitada no espaço B-Lounge da Biblioteca Geral no campus de Gualtar de 18 de março a 6 abril. |